Receita
informatiza
operações
contábeis de
empresas
relativas a PIS
e Cofins
Criado em 2007 e
em implantação
gradual desde
então, o Sistema
Público de
Escrituração
Digital (Sped)
passa por uma
nova fase.
Agora, as
empresas devem
transferir, do
papel para
sistemas
informatizados
criados pela
Receita Federal,
contribuições
sociais como o
PIS e a Cofins.
Dessa forma, o
ambiente de
apuração e de
registros das
operações sai
dos livros
contábeis e os
dados se
transformam em
informações
digitais, sob
maior controle
do Fisco.
O Sped foi
criado com o
objetivo de
informatizar as
operações entre
os fiscos e os
contribuintes. O
sistema envolve
os governos
federal,
estaduais e
municipais, por
meio da
padronização e
compartilhamento
das informações
contábeis e
fiscais. A ideia
é tornar cada
vez mais rápida
a identificação
dos sonegadores.
O sistema
começou com três
grandes
projetos:
Escrituração
Contábil
Digital,
Escrituração
Fiscal Digital e
a Nota Fiscal
Eletrônica.
Estão em estudo
ainda o Livro de
Apuração do
Lucro Real,
escrituração
fiscal digital
da folha de
pagamento
(EFD-Social, com
a unificação das
informações da
Receita Federal
e ministérios da
Previdência
Social e do
Trabalho) e a
Central de
Balanços.
Para Jonathan
José de
Oliveira,
supervisor do
Projeto de
Escrituração
Digital
PIS/Cofins da
Receita Federal,
os sistemas
visam a oferecer
um ambiente em
que os
empresários
registram suas
transações com
mais segurança,
utilizando a
tecnologia da
informação. “No
caso da
escrituração das
contribuições
sociais, a
Receita Federal
lançou uma
plataforma
[sistema
informatizado]
que verifica
cada operação,
produto e o
tratamento que a
lei dá a cada um
deles”, disse
Jonathan José.
Desse modo, as
empresas, ao
registrar as
operações,
automaticamente,
ficarão sabendo
se estão
corretas ou se
existem
eventuais
inconsistências.
Mas, mesmo
modernizando o
sistema, as
empresas têm
encontrado certa
dificuldade para
se adequar. E,
diante disso,
uma instrução
normativa foi
publicada
alterando o
prazo, até
fevereiro de
2012, para a
Escrituração
Fiscal Digital
do PIS/Pasep e
da Cofins
(EFD-PIS/Cofins),
em relação aos
fatos geradores
ocorridos no
ano-calendário
de 2011.
“A gente pode
até fazer um
paralelo com o
programa do
Imposto de Renda
das pessoas
físicas, no qual
informamos o
rendimento e as
despesas. E o
programa calcula
o imposto e
indica qualquer
inconsistência
para que o
contribuinte
proceda asua
declaração sem
erro algum”,
afirmou.
Daniel Lima
Fonte: Jornal do
Brasil
|
CAE discute tributação
de micro e pequenas
empresas
A Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) realiza
na terça-feira (14), às
10h, audiência pública
para discutir assuntos
relacionados à
tributação de micro e
pequenas empresas.
Entre os temas que serão
tratados estão a revisão
dos limites de
enquadramento e das
alíquotas do Simples
Nacional; a cobrança por
meio de substituição
tributária dos optantes
do Simples Nacional; a
cobrança antecipada do
Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e
Prestação de Serviços
(ICMS) nas divisas
estaduais;parcelamento
automático dos débitos
detributos do Simples
Nacional; e o sistema de
comunicação eletrônica.
Participam da audiência
pública o presidente do
Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz),
Nelson Henrique Barbosa
Filho; e o
auditor-fiscal da
Receita Federal do
Brasil, Silas Santiago.
Laércio Franzon
Fonte: Agência Senado
Novos padrões contábeis
em governos vão passar
do prazo
A implementação de
instrumento que deixará
as contas públicas mais
transparentes pode não
estar pronta até 2012,
quando a lei prevê que
União e estados devem
estar adaptados às novas
normas contábeis com
padrão internacional,
similares ao modelo de
International Financial
Reporting Standard (IFRS)
aplicado na iniciativa
privada. Segundo o
presidente do Conselho
Regional de
Contabilidade, em São
Paulo (CRC-SP), Domingos
Orestes Chiomento, não
há uma punição prevista.
Desta forma, facilita
que eles não cumpram a
legislação até janeiro
do ano que vem ou
posteriormente a esse
prazo. O presidente do
CRC-SP acredita que a
data limite para a
adaptação não será
prorrogada.
No entanto, Chiomento
comenta que o governo
está se mobilizando para
capacitar gestores
públicos nas novas
normas de contabilidade.
"É um processo, e o
governo vai fazer o
possível para que seja
finalizado o mais breve
possível", diz. "Ainda é
cedo para falar em
punições. Neste primeiro
momento deve haver uma
tolerância maior",
acrescenta.
O coordenador da Câmara
Técnica do Conselho
Federal de Contabilidade
(CFC), e um dos membros
do Comitê de
Pronunciamentos
Contábeis (CPC), Nelson
Mitimassa Jinzenji,
concorda com Chiomento.
"O governo está a
trabalhar para que tudo
fique pronto. É que essa
adaptação demora mesmo",
diz. Segundo ele, houve
lentidão para que as
normas, pertencentes ao
International Federation
of Accountants (Ifac)
fossem traduzidas. "E o
Ifac só aceitava liberar
as regras depois que o
CFC estabelecesse um
contrato [com empresa]
para a tradução. Isso
levou um tempo",
comenta. "Agora que já
estão traduzidas, 14
regras estão a ser
debatidas em audiência
pública. É possível que
esse processo termine em
setembro. Contudo a
adaptação total vai
demorar mais", prevê.
A adequação às novas
normas de contabilidade
deveriam ter sido
colocadas em prática
desde 2008, quando foi
publicada portaria do
Ministério da Fazenda
número 184, de 25 de
agosto daquele ano no
Diário Oficial da União.
As regras serão
encabeçadas pelo Sistema
CFC/CRCs (formado pelo
Conselho Federal e pelos
Conselhos regionais de
Contabilidade) e pela
Secretaria do Tesouro
Nacional.
Por outro lado, somado
ao fato de que não há
punição prevista em lei,
não há um órgão
regulador para
fiscalizar o cumprimento
da norma. Para o
presidente do CRC-SP
caberá ao poder
legislativo verificar o
cumprimento dessas
regras.
Importância
Domingos Orestes
Chiomento afirma que a
adequação do setor
público a esse padrão
internacional é
importante para a
credibilidade do
governo, tanto pela
sociedade brasileira,
quanto para "melhora
ainda mais" a
visibilidade do Brasil
no exterior. De acordo
com o texto da portaria
da Fazenda, a adaptação
reflete na "importância
de que os entes públicos
disponibilizem
informações contábeis
transparentes e
comparáveis, que sejam
compreendidas por
analistas financeiros,
investidores, auditores,
contabilistas e demais
usuários". E continua ao
dizer que: "a adoção de
boas práticas contábeis
fortalece a
credibilidade da
informação, facilita o
acompanhamento e a
comparação da situação
econômico-financeira e
do desempenho dos entes
públicos, possibilita a
economicidade e
eficiência na alocação
de recursos".
"A sociedade brasileira
ganha de uma forma
geral. Será possível
acompanhar de maneira
mais rápida os motivos
para estabelecer a
previsão orçamentária e
ver quanto e como a
União ou estados está
gastando. O resultado
disso é que o governo
deve se preocupar na
qualidade de suas
despesas ou controlar
seus gastos", analisa o
presidente do Conselho
Regional.
"A adoção das normas
internacionais alinha o
Brasil com os mercados
mais importantes do
planeta, pois trazem os
critérios de
comparabilidade e a
transparência que as
empresas globalizadas
exigem para aderir aos
negócios", diz
Chiomento. "Mesmo que
não haja alguma punição
para a não adaptação
dentro do prazo
estabelecido, o Brasil
está no caminho certo",
complementa Nelson
Mitimassa Jinzenji.
Fernanda Bompan
Fonte: DCI
Somente 30% das empresas
usam benefício fiscal,
diz Mdic
Depois de quase quatro
meses de publicada, a
portaria número 8 do
Ministério do
Desenvolvimento,
Indústria e Comércio
Exterior (Mdic) que
regulamenta o novo
regime de drawback
integrado, ou drawback
verde amarelo, ainda tem
muito espaço para
crescer, visto que
somente 30% do
empresariado conhece o
sistema que beneficia os
fornecedores de
matérias-primas
brasileiros com isenção
de tributos.
O documento explica que
os produtores e
importadores podem
utilizar do benefício de
isenção de impostos para
a compra de insumos que
serão destinados a
fabricação de
mercadorias com destino
a exportação. Contudo, o
método é ainda pouco
conhecido pelos setores
produtivos brasileiros e
implica na ineficiência
do objetivo do mecanismo
que é elevar a
competitividade do País
e ao mesmo tempo inibir
a importação de
matérias-primas, frente
a valorização dos
materiais produzidos no
Brasil.
“A aquisição de produtos
no mercado interno ou a
importação, de forma
combinada ou não, de
mercadoria equivalente à
empregada ou consumida
na industrialização de
produto exportado, terá
isenção do Imposto de
Importação (II), e
redução a zero do
Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI),
da Contribuição para o
PIS/Pasep, Cofins”,
informa a portaria do
Mdic.
De acordo com o governo
federal, o drawback
integrado de isenção
possibilita que
fornecedores utilizem o
mecanismo, para novas
operações e também que
solicitem as isenções de
vendas feitas há até
dois anos atrás.
“A grande inovação nos
regimes previstos nas
duas normativas é a
extensão dos benefícios
tributários do drawback
— suspensão ou isenção —
para a aquisição de
insumos no mercado
interno, pois não se
restringe às empresas
responsáveis diretamente
pela exportação do
produto final.
Entretanto, muitas
empresas que atuam
apenas no mercado
interno ainda não sabem
que podem se beneficiar
desse regime. Fato que
deve ser contornado por
meio de propagandas e
explicações mais
incisivas do governo
federal”, explica o
tributarista Guilherme
Moro, do escritório Moro
Domingos, Suss &
Saldanha.
Historicamente, entre
25% e 30% das
exportações brasileiras
ocorrem pelo regime
beneficiado do drawback,
segundo o Mdic. Para
2011, com a nova meta de
exportações (US$ 245
bilhões), Moro espera
que o mecanismo seja
utilizado em 40% do
total vendido ao
exterior.
Atualmente, segundo o
Mdic, o regime de
drawback é utilizado por
todos os segmentos
industriais, dentre
quais os setores de
máquinas e equipamentos,
calçadista e
eletroeletrônicos foram
os que mais se
destacaram.
“Os setores industriais,
principalmente
automotivos são os que
mais utilizam o
mecanismo, contudo com a
nossa pauta de
exportação hoje é
voltada para o
agronegócio, e este
setor necessita expandir
a utilização do
benefício e aprimorar a
competitividade frente
ao mercado
internacional. A
tendência é de que os
empresários utilizem
cada vez mais o
mecanismo, mas depende
da possibilidade dos
empresários conhecê-lo.
Nós somos amadores
frente a concorrência
mundial”, frisa Moro.
O objetivo, segundo um
dos técnicos do Mdic, é
elevar a competitividade
dos produtos brasileiros
e ao mesmo tempo ampliar
a procura por
matérias-primas
internas, e não nos
mercados internacionais,
para com isto, diminuir
o número de importações.
Com a mesma intenção, o
ministro Fernando
Pimentel, anunciou a
criação do “drawback
investimento”. Esse
mecanismo vai permitir
que os fabricantes de
máquinas adquiram
insumos sem pagar
PIS/Cofins. O impacto da
medida, no entanto, só
será significativo para
empresas exportadoras de
máquinas.
“Com o dólar barato e a
desoneração tributária,
temos a oportunidade de
fazer uma enorme
modernização do parque
industrial. Além de
exportarmos por meio do
novo drawback produtos
com maior valor
agregado”, disse
Pimentel.
Escolha
“Identificamos, porém,
que em alguns setores
produtivos –
principalmente naqueles
em que não há contratos
sucessivos de exportação
ou que o produto final
depende de muitas
variáveis – as empresas
têm se utilizado do
regime de drawback
integrado isenção. Isso
porque a exportação já
ocorreu e não há
qualquer novo
compromisso de
exportação por parte da
empresa. Nossa previsão
é de sensível aumento na
utilização do mecanismo,
o qual, representa
aproximadamente 10% em
relação ao drawback
suspensão”, avalia a
secretária de Comércio
Exterior do Mdic,
Tatiana Prazeres.
No caso do regime de
drawback suspensão, das
mais de 19 mil empresas
exportadoras de 2010,
cerca de 2 mil utilizam
o regime. “Portanto,
ainda há muito espaço
para crescer, vamos
disseminar o mecanismo”,
avalia a secretária.
Karina Nappi
Fonte: DCI
Governo amplia proposta
de reforma tributária
Depois de apelos dos
estados, o governo
federal concordou em
ampliar a proposta de
reforma tributária que
pretende enviar ao
Congresso Nacional no
começo do segundo
semestre. Inicialmente
restrita à diminuição do
ICMS (Imposto sobre
Circulação de
Mercadorias e Serviços)
interestadual, agora a
discussão se estenderá a
outras questões,
inclusive distribuição
da arrecadação federal
entre os estados. O
Ministério da Fazenda
quer consenso entre os
estados para evitar
muitos debates no
Congresso. As
informações são
daAgência Brasil.
Segundo o secretário
executivo do Ministério
da Fazenda, Nelson
Barbosa, o ministro
Guido Mantega (Fazenda)
admitiu incluir a
revisão do indexador da
dívida dos estados na
reforma. A preocupação
da equipe econômica é
que a mudança exigiria a
alteração da Lei de
Responsabilidade Fiscal
(Lei Complementar
101/2000).
“O ministro se mostrou
disposto a tratar dessa
questão, desde que haja
o comprometimento de que
esse seja o único ponto
a ser mudado na Lei de
Responsabilidade
Fiscal”, afirmou
Barbosa.
Atualmente, as dívidas
dos estados são
corrigidas pelo IGP-DI
em 6% ou 7,5% ao ano. Em
épocas de alta na
inflação, como nos
últimos meses, os
débitos disparam e
comprometem a capacidade
de investimento dos
governos estaduais. Os
governadores propuseram
a criação de uma trava
no indexador. A correção
seria limitada à taxa
Selic.
Outro tema que deve ser
incluído na reforma
tributária é a mudança
na distribuição do Fundo
de Participação dos
Estados, formado por
impostos federais que a
União repassa aos
governadores. No ano
passado, o Supremo
Tribunal Federal
considerou defasados os
critérios de repartição
e determinou a
substituição das regras
atuais até dezembro de
2012.
Barbosa admitiu que os
novos critérios podem
constar da reforma,
desde que haja consenso
entre os estados e a
proposta que cria os
fundos de compensação
para os estados que
perderem com a reforma
tributária seja enviada
ao Congresso por projeto
de lei complementar.
Segundo a equipe
econômica, a maioria das
reivindicações terá de
ser debatida pelo
Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz),
que reúne os secretários
de Fazenda das 27
unidades da Federação,
para evitar divergências
no Congresso. Entre os
pontos que exigirão
acordo estão a
regulamentação do
comércio eletrônico e a
validação dos incentivos
fiscais derrubados pelo
STF há cerca de dez
dias.
Hoje todo o ICMS das
mercadorias compradas
pela internet fica com
os estados onde são
registradas as páginas
de comércio eletrônico.
Os governadores dos
estados compradores
querem a repartição do
imposto, como ocorre com
os automóveis. De acordo
com Barbosa, a questão
pode ser resolvida
internamente pelo Confaz,
mas o governo pode
enviar um projeto de lei
ou medida provisória ao
Congresso se os estados
desejarem.
Apenas em dois pontos o
governo não cedeu aos
governadores. A alíquota
do ICMS interestadual
não será diferenciada
entre estados ricos e
pobres. A equipe
econômica também não
aceitou incluir a
redistribuição de
royalties do petróleo e
da renda do pré-sal na
reforma tributária. “De
fato, essa questão é
federativa, mas tem
dinâmica própria e já
está sendo discutida no
Congresso”, disse
Barbosa na semana
passada.
Fonte: Consultor
Jurídico